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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Como Começaram as Trevas Morais - Parte II

Este espírito de concessão ao paganismo abriu caminho para desrespeito ainda maior da autoridade do Céu. Satanás, não operando por meio da não consagrados dirigentes da igreja, intrometeu-se também com o quarto mandamento, e tentou por de lado o antigo sábado, o dia que Deus tinha abençoado e santificado (Gênesis 2:2 e 3), exaltando em seu lugar a festa observada pelos pagãos como “o venerável dia do Sol”. Esta mudança não foi a princípio tentada abertamente. Nos primeiros séculos o verdadeiro sábado foi guardado por todos os cristãos. Eram estes ciosos da honra de Deus, e, crendo que Sua lei é imutável, zelosamente preservavam a santidade de seus preceitos. Mas com grande argúcia, Satanás operava mediante os seus agentes para efetuar seu objetivo. Para que a atenção do povo pudesse ser chamada para do domingo, foi feito deste um festividade em honra da ressurreição de Cristo. Atos religiosos eram nele realizados; era, porém considerado como dia de recreio, sendo o sábado observado como dia santificado.

A fim de preparar o caminho para a obra que intentava cumprir, Satanás induzira os judeus, antes do advento de Cristo, a sobrecarregarem o sábado com as mais rigorosas imposições, tornando sua observância um fardo. Agora, tirando vantagem da falsa luz sob a qual ele assim fizera com que fosse considerado, lançou desdém sobre o sábado como instituição judaica. Enquanto os cristãos continuavam a observar o domingo como festividade prazenteira, ele os levou, a fim de mostrarem seu ódio ao judaísmo, a fazer do sábado dia de jejum, de tristeza e pesar.

Na primeira parte do século quarto, o imperador Constantino promulgou um decreto fazendo do domingo uma festividade pública em todo o Império Romano. O dia do sol era venerado por seus súditos pagãos e honrados pelos cristãos; era política do imperador unir os interesses em conflito do paganismo e cristianismo. Como ele se empenharam para fazer isto os bispos da igreja, os quais inspirados pela ambição e sede de poder, perceberam que, se o mesmo dia fosse observado tanto por cristãos como pagãos, promoveria a aceitação nominal do cristianismo pelos pagãos, e assim adiantaria o poderio e glória da igreja. Mas, conquanto muitos cristãos tementes a Deus fossem gradualmente levados a considerar o domingo como possuindo certo grau de santidade, ainda mantinham o verdadeiro sábado como dia santo do Senhor, e observavam-no em obediência ao quarto mandamento.

O arquienganador não havia terminado sua obra. Estava decidido a congregar o mundo cristão sob sua bandeira, e exercer o poder por intermédio de seu vigário, o orgulhoso pontífice que pretendia ser o representante de Cristo. Por meio de pagãos semi-conversos, ambiciosos prelados e eclesiásticos amantes do mundo, realizou ele seu propósito. Celebravam-se de tempos em tempos vastos concílios aos quais do mundo todo concorriam os dignitários da igreja. Em quase todos os concílios, o sábado que Deus havia instituído, era rebaixado um pouco mais, enquanto que o domingo era em idêntica proporção exaltado. Destarte a festividade pagã veio finalmente a ser honrada como instituição divina, ao mesmo tempo em que se declarava o sábado bíblico relíquia do judaísmo, amaldiçoando-se seus observadores.

O grande apóstata conseguira exaltar-se contra Deus ou “contra tudo o que se chama Deus ou se adora.” II Tessalonicenses 2:04. Ousara mudar o único preceito da lei divina que inequivocamente indica a toda a humanidade o Deus verdadeiro e vivo. No quarto mandamento Deus é revelado como o Criador do céu e da Terra, e por isso se distingue de todos os falsos deuses. Foi para memória da obra da criação que o sétimo dia foi santificado como dia de repouso para o homem. Destinava-se a conservar o Deus vivo diante da mente humana como a fonte de todo o ser e objeto de reverência e culto. Satanás esforça-se por desviar os homens de sua aliança para com Deus e de prestarem obediência a Sua lei; dirige seus esforços, portanto, especialmente contra o quarto mandamento que aponta a Deus como o Criador.

Os protestantes hoje insistem em que a ressurreição de Cristo no domingo fez dele o sábado cristão. Não existe, porém, evidência escriturística para isto. Nenhuma honra semelhante foi conferida ao dia por Cristo ou seus apóstolos. A observância do domingo como instituição cristã teve origem no “mistério da injustiça” (Tessalonicenses 2:07), que já no tempo de Paulo, começara a sua obra. Onde e quando adotou o Senhor este filho do papado? Que razão poderosa se poderia dar para uma mudança que as Escrituras não sancionam?

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