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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Introdução às abordagens do Livro. Parte II

Depois da maravilhosa manifestação do Espírito Santo no dia de Pentecostes, Pedro exortou o povo a arrepender-se e batizar-se em nome de Cristo, para remissão dos pecados; e disse ele: "E recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz a respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe a tantos quanto Deus nosso Senhor chamar." Atos 2:38 e 39.
Em imediata relação com as cenas do grande dia de Deus, o Senhor, pelo profeta Joel, prometeu uma maravilhosa manifestação de Seu Espírito (Joel 2:28). Esta recebeu cumprimento parcial no derramamento do Espírito, no dia de Pentecostes. Mas atingirá seu pleno cumprimento na manifestação da graça divina que acompanhará a obra final do Evangelho.
Mediante iluminação do Espírito Santo, as cenas do prolongado conflito entre o bem e o mal foram patenteadas à autora destes escritos. De quando em quando me foi permitido contemplar a operação, nas diversas épocas, do grande conflito entre Cristo, o Príncipe da vida, o Autor de nossa salvação, e Satanás, o príncipe do mal, autor do pecado, o primeiro transgressor da lei de Deus. A inimizade de Satanás para com Cristo manifestou-se contra os Seus seguidores. O mesmo ódio aos princípios da lei de Deus, o mesmo expediente de engano, em virtude do qual faz o erro parecer verdade, pelo qual a lei divina é substituída pelas leis humanas, e os homens são levados a adorar a criatura em lugar do Criador, podem ser divisados em toda a história do passado. Os esforços de Satanás para representar de maneira falsa o caráter de Deus, para fazer com os homens nutram um conceito errôneo, e assim o considerem com temor e ódio em vez de amor; seu empenho para por de parte a lei divina, levando o povo a julgar-se livre de suas reivindicações e sua perseguição aos que ousam resistir a seus enganos, têm sido prosseguidos com persistência em todos os séculos. Podem ser observados na história dos patriarcas, profetas e apóstolos, mártires e reformadores.
No grande conflito final, como em todas as eras anteriores, Satanás empregará os mesmos expedientes, manifestará o mesmo espírito, e trabalhará com o mesmo fim. Aquilo que foi, será, com a exceção de que a luta vindoura se assinalará por uma intensidade terrível, tal como o mundo jamais testemunhou. Os enganos de Satanás serão mais sutis, seus assaltos mais decididos. Se possível fora transviaria até os escolhidos. (Marcos 13:22).
À medida que o Espírito de Deus me ia revelando à mente as grandes verdade de Sua Palavra, e as cenas do passado e do futuro, era-me ordenado tornar conhecidos a outros o que assim fora revelado - delineando a história do conflito nas eras passadas, e especialmente apresentando-a de tal maneira a lançar luz sobre a luta do futuro, em rápida aproximação. Na prossecução deste propósito, esforcei-me por selecionar e agrupar fatos da história da igreja de tal maneira a esboçar o desdobramento das grandes verdades probantes que em diferentes períodos foram dadas ao mundo, as quais excitaram a ira de Satanás e a inimizade de uma igreja que ama o mundo, verdades que têm sido mantidas pelo testemunho dos que "não amaram suas vidas até à morte"
Nestes relatos podemos ver uma prefiguração do grande conflito perante nós. Olhando-os à luz da Palavra de Deus, e pela iluminação do Seu Espírito podemos ver a descoberto os ardis do maligno e os perigos que deverão evitar os que serão achados "irrepreensíveis" diante do Senhor em sua vinda.
Os grandes acontecimentos que assinalaram o progresso da reforma nas épocas passadas, constituem assunto da História, bastante conhecidos e universalmente reconhecidos pelo mundo protestante; são fatos que ninguém pode negar. Esta história apresentei-a de maneira breve, de acordo com o escopo destes escritos (livro - no original) e com a brevidade que necessariamente deveria ser observada, havendo os fatos sido condensados no menor espaço compatível com sua devida compreensão. Em alguns casos em que algum historiador agrupou os fatos a proporcionar, em breve, uma visão compreensiva do assunto, ou resumiu convenientemente os pormenores, suas palavras foram citadas textualmente; nalguns outros casos, porém, não se nomeou o autor, visto como as transcrições não são feitas com o propósito de citar aquele escritor como autoridade, mas por que sua declaração provê uma apresentação do assunto, pronta e positiva. Narrando a experiência e perspectivas dos levam avante a obra da Reforma em nosso próprio tempo, fez-se uso semelhante de suas obras publicadas. O objetivo destes escritos (livro - no original) não consiste em apresentar novas verdades concernente às lutas dos tempos anteriores, como em aduzir fatos e princípios que sua relação com os acontecimentos vindouros. Contudo encarado como uma parte do conflito entre as forças da luz e as das trevas, vê-se que todos esses relatos do passado têm nova significação; e por meio dele projeta-se uma luz no futuro, iluminando a senda daqueles que, semelhante aos reformadores dos séculos passados, serão chamados, mesmo com perigos de todos os bens terrestres, para testificar "da Palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo."
Desdobrar as cenas do grande conflito entre a verdade e o erro; revelar os ardis de Satanás e o meios por que lhe podemos opor eficaz resistência; apresentar uma solução satisfatória do grande problema do mal, derramando luz sobre a origem e a disposição final do pecado, de tal maneira a manifestar-se plenamente a justiça e benevolência de Deus em todo o seu trato com suas criaturas; e mostrar a natureza santa, imutável de Sua lei - eis o objetivo destes escritos (livro - no original). Que mediante sua influência almas possam se libertar do poder das trevas, e tornar-se participantes "da herança dos santos na luz," para louvor dAquele que nos amou e si deu a si mesmo por nós, é a fervorosa oração da autora.

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