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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Avanço Financeiro das Famílias


Depois do desktop,







família brasileira planeja comprar notebook

Com a renda dos filhos, família Carmo, de São Paulo, conseguiu incrementar despensa com guloseimas


Os membros da família Carmo vivem no bairro de Guaianases, em São Paulo, e trabalham fora. Juntos, têm uma renda de aproximadamente R$ 3.300 ao mês – soma que os coloca dentro da classe média brasileira. “Nos últimos anos, a vida melhorou muito para nós”, diz Bianca Helena do Carmo, a filha mais nova.

Como hoje moram em casa própria - que acabaram de construir em um terreno que o chefe da família, Douglas, levou cinco anos para conseguir comprar - e não precisam pagar aluguel. Assim, descontadas as despesas da casa e do financiamento de um dos carros da família, podem realizar seus sonhos de consumo e guardar um pouco todos os meses.

“Minha última compra foi uma câmera fotográfica digital. Agora, quero um notebook”, diz Bianca. Na casa deles, de três quartos, já têm um computador com acesso à internet por banda larga, serviço que lhe custa R$ 59,90 ao mês. Despesas como essa passaram a fazer parte do orçamento da família há poucos anos, quando os pais se estabilizaram nos empregos e os filhos começaram a trabalhar.

Bianca e o irmão, Paulo, têm mais estudos que os pais. Os dois terminaram o ensino médio. Agora, ela planeja cursar pedagogia à noite, conciliando a faculdade com o trabalho atual de empregada doméstica e com aulas de informática. Paulo quer fazer um curso técnico, mas ainda não escolheu qual.

Sozinhos, os irmãos já fazem com que a família faça parte da classe média brasileira. Como trabalham formalmente e juntos ganham um pouco mais do que dois salários mínimos, contribuem com mais de R$ 1.200 para a renda da casa (no Brasil, são consideradas de classe média famílias com renda mensal de R$ 1.126 a R$ 4.428).

Essa situação é comum no País e é uma das causas do crescimento da classe média. Muitas vezes os pais eram de classe D, mas a partir do momento que os filhos começam a contribuir com o orçamento, toda a família sobe de patamar. “É a mobilidade intergeracional, de uma geração para outra”, diz o pesquisador Haroldo Iunes, da consultoria Plano CDE. “Se o jovem de ensino médio consegue emprego, caso tenha formação técnica, já entra no mercado como classe média."

Como as despesas básicas cresceram bem menos do que a renda da família Carmo, sobrou mais dinheiro para todos gastarem. “Antes eu fazia alguns bicos e ganhava R$ 70 ao mês. Agora, consigo comprar bastante coisa. Meu irmão, então, adora gastar. Ele quer comprar roupas todos os meses”, conta Bianca.

A mãe é a mais econômica da família. É ela quem controla as finanças familiares. Abriu uma conta no banco e deposita na poupança pelo menos R$ 120 ao mês. Todos os meses, ela junta seu salário, de R$ 1 mil, com o do marido, de pouco mais de R$ 1 mil, e paga as contas de água, luz, e o financiamento de um dos carros da família – um Gol antigo. No orçamento da família Carmo, inclusive, sobra dinheiro para irem ocasionalmente a uma pizzaria nos fins de semana.


[IG]

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